Comunicador, muito bem vindo a esta coluna que tem como objetivo por em pauta várias nuances do comportamento humano. Espero que te ajude a gerar as mudanças necessárias para o seu próprio comportamento, trazendo mais funcionalidade, proatividade, felicidade a sua vida pessoal e profissional. Seja bem vindo e fique a vontade, Comunicador.
Vamos abrir nosso espaço com um assunto que tem me acompanhado por onde passo, Comunicação.
Vamos começar do começo?
A primeira pergunta que normalmente me fazem quando descobrem que atuo na área de comunicação é: Comunicação Emocional é Oratória?
Respondo utilizando de argumentos que “distinguem” ambas, na verdade explico a aplicabilidade de cada uma, e assim que vou fazer aqui. Continue acompanhando.
Definição do dicionário para oratória:
“Conjunto de regras que constituem a arte do bem dizer, a arte da eloquência; retórica.”
Vários estudos sinalizam o início da formatação da fala de grandes oradores no século V a.C em Saracusa, na Sicília Itália (que fazia parte da Grécia). Dois gregos, Tísias e Córax, os autores do manual foram os primeiros a ensinar a arte da oratória com um método desenhado.
Há muito se pensou que foi o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) que criou a formatação da oratória, até porque a sua obra Retórica é uma das grandes responsáveis pela expansão do interesse no estudo da oratória no mundo até hoje.
A oratória não era uma ferramenta popular na antiguidade, só tinha acesso pessoas de destaque, como políticos, ricos e influentes na sociedade.
Alguns princípios da oratória:
A oratória é uma comunicação correta!
A oratória tradicional apresenta ferramentas que transforma o processo de comunicação em algo “correto”, ou melhor, em uma comunicação “correta”.
E para uma comunicação correta, a oratória se utiliza de palavras “corretas”, de um tom de voz “correto” devidamente aplicado, a movimentação do corpo “correta”, sendo o espaço utilizado pelo orador, movimento da cabeça, braços, mãos, devidamente planejado e executado.
Aí que mora um problema que acompanha muitos oradores que engessam essas técnicas: tornam seus discursos “CORRETOS”, esquecendo esse distanciando da fluidez da comunicação humana, que sim, é “INCORRETA”, apresenta muitas variantes que não apresenta um padrão que possamos parametrizar.
Os primeiros registros sobre os estudos do comportamento emocional do ser humano está registrado no século V a.C, onde foi identificado que o cérebro era o lugar no qual residiam pensamentos e sensações. O cérebro produzia algo chamado de Emoções e Sentimentos. (volto a este assunto em outros artigos aqui na Coluna)
O foco da comunicação emocional é conectar, ou melhor, estabelecer uma conexão entre o emissor da mensagem e o receptor. E também de vale das ferramentas que a oratória usa, porém de maneira diferente.
Um dos principais objetivos da comunicação emocional é entender quais os pontos de conexão serão mais utilizados naquele momento, devidamente segmentada para o publico alvo.
Algumas das ferramentas mais usadas pela oratória que a Comunicação Emocional também se utiliza, são três:
A habilidade de orquestrar essas três ferramentas, sabendo oscilar a intensidade em cada uma, ou até uma por vez de acordo com a estratégia de conexão que se deseje atingir.
Qual a grande diferença?
O grande diferencial da Comunicação Emocional está em focar no padrão de comunicacional do outro.
Calma que eu explico Comunicador.
O objeto no centro dos estudos da retórica é o orador, é a partir dele que encontramos a grande parte da aplicação das técnicas. Já na Comunicação Emocional, o foco está integral no outro, ou seja, em entender como o outro se utiliza, por exemplo, dos seus sentidos pra interagir com o mundo.
"A Comunicação Emocional é parecer com o outro"
Outra ferramenta, que na minha humilde opinião, é a base da Comunicação Emocional, conhecida por muitos é o famoso rapport, ou espelhamento. Considero a mais extraordinária ferramenta porque atribui a importância da comunicação ao outro, a essência de uma comunicação empática.
Habilidade de parecer com o outro, assimilando e reproduzindo o máximo de características possíveis de um indivíduo ou de uma grande plateia.
O objetivo é conexão, atrair e reter a atenção do outro, por isto o rapport segmenta a comunicação para o apelo emocional necessário a ser estimulada naquele momento.
A Comunicação Emocional se apresenta fortemente neste momento, entendendo os pontos de ligação entre quem está comunicando e o ouvinte.
Isso não é novidade!!!
A forma que a Comunicação Emocional atua não é novidade, esse modelo que apresentei está presente na base da histórica da oratória muito antes de Cristo, mas não havia um método, hoje com o avanço dos estudos do comportamento humano, podemos reproduzir o modelo. Não há conexão com a plateia se me utilizo de uma comunicação fria, uma comunicação de mim para mim, esquecendo o foco no outro.
Fala “bonita” não conecta
Uma fala bonita não significa que as pessoas entendem, e o principio da comunicação emocional é que as pessoas entendam, se conectem emocionalmente com o orador.
O principio da neurociência afirma que somos seres emocionais, movidos a sentimentos e emoções (felicidade, tristeza, raiva, espanto...) e no processo da Comunicação Emocional precisamos levar em consideração esses princípios, que atua promovendo e facilitando, inserindo gatilhos que facilitem o acesso a essas emoções e sentimentos. Gerando uma conexão mútua, fina, incrível entre o Comunicador e a plateia.
Parabéns por acompanhar até aqui Comunicador, até a próxima!!!
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